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2012 - Livro Vermelho 2013

Tropaeolum pentaphyllum Lam. LC

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 06-08-2012

Criterio:

Avaliador: Diogo Marcilio Judice

Revisor: Tainan Messina

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

T. pentaphyllum ocorre amplamente no sul do Brasil, apresentando EOO de 248.613 Km². Apesar de possuir propriedades medicinais, aparentemente a exploração da espécie não influencia em sua capacidade de regeneração e manutenção de populações. Deste modo, a espécie não se encontra em risco iminente de extinção, enquadrando-se na categoria Least concern (LC).

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Tropaeolum pentaphyllum Lam.;

Família: Tropaeolaceae

Sinônimos:

  • > Tropaeolum pentaphyllum subsp. megapetalum ;
  • > Tropaeolum pentaphyllum subsp. pentaphyllum ;
  • > Chymocarpus pentaphyllus ;
  • > Tropaeolum quinatum ;
  • > Tropaeolum pentaphyllum var. megapetalum ;

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

Descrita em Encycl. [J. Lamarck & al.] 1(2): 612. 1785. Nomes populares: "Chagas-da-miúda", "Capuchinha", "Sapatinhos-do-diabo" e "Chagas" (Mentz et al., 1997).

Potêncial valor econômico

Espécie utilizada para fins medicinais (Mentz et al., 1997).

Distribuição

Ocorre nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Souza, 2012).

Ecologia

Carateriza-se por ervas trepadeiras; apresenta síndrome de dispersão zoocórica (Venturi, 2000); floresce principalmente de Setembro a Dezembro (Rix, 2010).

Ameaças

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes ​AMata Atlântica já perdeu mais de 93% de sua área (Myers et al., 2000) e menos de 100.000 km² de vegetação remanesce.Algumas áreas de endemismo, agora possuem menos de 5% de sua floresta original(Galindo-Leal & Câmara, 2003). Dez porcento da cobertura florestal remanescentefoi perdida entre 1989 e 2000 apenas, apesar de investimentos consideráveis emvigilância e proteção (A. Amarante, dados não publicados). Antes cobrindo áreasenormes, as florestas remanescentes foram reduzidas a vários arquipélagos defragmentos florestais muito pequenos, bastante separados entre si (Gascon etal., 2000). As matas do nordeste já estavam em grande parte devastadas (criaçãode gado e exploração de madeira mandada para a Europa) no século XVI(Coimbra-Filho & Câmara, 1996). Dean (1996) identificou as causas imediatasda perda de habitat: a sobrexplotação dos recursos florestais por populaçõeshumanas (madeira, frutos, lenha, caça) e a exploração da terra para uso humano(pastos, agricultura e silvicultura). Subsídios do governo brasileiroaceleraram a expansão da agricultura e estimularam a superprodução agrícola(açúcar, café e soja; Galindo-Leal et al., 2003; Young, 2003). A derrubada deflorestas foi especialmente severa nas últimas três décadas; 11.650km2 deflorestas foram perdidos nos últimos 15 anos (284 km² por dia; Fundação SOSMata Atlântica & INPE, 2001; Hirota, 2003). Em adição à incessante perda dehábitat, as matas remanescentes continuam a ser degradadas pela extração delenha, exploração madeireira ilegal, coleta de plantas e produtos vegetais einvasão por espécies exóticas (Galetti & Fernandez, 1998; Tabarelli et al.,2004) (Tabarelli, M. et al., 2005).

Ações de conservação

1.2.1.3 Sub-national level
Observações: Espécie considerada Vulnerável (VU) pela Lista vermelha da flora do Rio Grande do Sul (CONSEMA-RS, 2002).

Usos

Referências

- SOUZA, V.C. Tropaeolum pentaphyllum in Tropaeolum (Tropaeolaceae) in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB014977>.

- MENTZ, L.A.; LUTZEMBERGER, L.C.; SCHENKEL, E.P. Da flora medicinal do Rio Grande do Sul: notas sobre a obra de D'Ávila (1910)., Caderno de Farmácia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, v.13, p.25-48, 1997.

- OLIVEIRA, C.T. Tropaeolaceae. In: STEHMANN, J.R.; FORZZA, R.C.; SALINO, A. ET AL. Plantas da Floresta Atlântica. 2009.

- VENTURI, S. Florística e fitossociologia do componente apoiante-escandente em uma floresta costeira subtropical. Mestrado. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2000.

- RIX, M. Tropaeolum pentaphyllum, Curtis's Botanical Magazine, v.27, p.296-3000, 2010.

- TABARELLI, M.; PINTO, L.P.; SILVA, J.M.C.; ET AL. Desafios e oportunidades para a conservação da biodiversidade na Mata Atlântica brasileira., Megadiversidade, p.132-138, 2005.

Como citar

CNCFlora. Tropaeolum pentaphyllum in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Tropaeolum pentaphyllum>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 06/08/2012 - 19:42:55